Esperamos muitos anos para ver cenas de filmes se tornarem realidade em nosso cotidiano. Carros autônomos e hologramas eram coisas distantes, ficavam no imaginário de meninos que brincavam de agentes espaciais. Mas o futuro já chegou, e a revolução começou pela indústria,
que agora é chamada de Indústria 4.0, homem e máquina passam a se integrar em funções conjuntas. Isso gerou grande espanto naqueles meninos sonhadores do passado, que agora precisam usar no seu dia a dia de trabalho toda tecnologia futurista.
Curioso é que durante os séculos XV a XVIII vivemos a ‘época moderna’, assim chamada por provocar uma revolução social ao gerar a substituição do modo de produção feudal pelo modo de produção capitalista. Máquinas e indústrias surgiram para tudo, produção em escala e os trabalhos artesanais foram substituídos.
Pois bem, se esta foi a era moderna, imagina agora com carros autônomos, aviões não tripulados e máquinas que aprendem sozinhas. Impressoras 3D, drones e próteses digitais são apenas o começo desse futuro. Já estamos vivendo a inteligência artificial, deep learning, machine learning e a medicina preditiva. Smartphones já são coisas do passado, papel moeda é desperdício e usar o carro para trabalhar pode estar com os dias contados.
Todo esse cenário está acontecendo por causa das empresas inovadoras, ambientes com alta tecnologia e economia compartilhada. Já não se faz mais nada sozinho e o tempo mudou. Tudo precisa ser ágil e acelerado e o método colaborativo veio pra ficar. Máquinas irão substituir o esforço físico do ser humano, a criatividade e a capacidade inventiva e analítica serão os maiores atributos dos indivíduos, em breve ninguém mais sofrerá lesão por esforço repetitivo. É tempo de valorizar a inteligência, afinal agora é a era das pessoas.
Para entrar no futuro e fazer parte da 4ª revolução industrial é preciso pensar na coletividade e na relação indivíduos e setores produtivos, num ambiente em que haja convergência de propósitos, em um ambiente de inovação.
Fernando Manhães,
É o Diretor do Grupo Prix e professor do curso de Comunicação Social da UFES