A tecnologia avança ao mesmo tempo em que nos entretêm com coisas e assuntos superficiais. E é muitas vezes neste momento que nós nos distraímos e nos deixamos levar em outra direção. No marketing é igual. Ele é amplo demais e nos esquecemos de focar naquilo que realmente interessa.
Em meio ao clima político desassossegado em que vivemos nos últimos tempos, a economia, apesar de imprimir um ritmo lento, não para. As empresas continuam produzindo e vendendo e as pessoas consumindo. Você pode estar pensando neste momento em montar um negócio, lançar um novo produto ou simplesmente, passar a atuar em um novo mercado. Para isso, precisamos diminuir a abrangência e passar a atuar no marketing de nicho.
O mercado passa por um momento em que a desintermediação dos negócios não tem acontecido da forma que era esperado. Apesar do protagonismo que nós consumidores assumimos, através da diminuição dos intermediários e da ligação direta com os centros produtores, a tecnologia está a serviço de todos os canais de distribuição, seja de produtos ou de informação.
Nessa semana esse assunto foi debatido no evento VOS – Vários Olhares Singulares, realizado no Museu da Vale. O intermediário é necessário quando tem relevância no processo de fato. Agrega valor ao papel que se espera dele. Assim, focar cada vez mais numa parte do todo, pode levar a uma melhor estratégia, diminuir os riscos, melhorar margens e ser de fato importante na relação com o cliente.
A singularidade não está no ser novo, fazer o diferente, ser o primeiro. Singular é entender que o consumidor mudou, mas o indivíduo não. Preços mais baixos tem mais importância sobre tudo. As pessoas ainda querem viver, continuar a sonhar, fazer planos e serem felizes.
Um novo olhar sobre velhas práticas pode fazer toda a diferença. Por isso repito: O importante é o foco.
Fernando Manhães,
É o Diretor do Grupo Prix e professor do curso de Comunicação Social da UFES