Em tempos de coronavírus, utilizar a inteligência de marketing em favor do seu negócio se torna ainda mais necessária para se manter no mercado. Traz à tona a urgência, ainda maior, de analisar, de compreender e de transformar em força competitiva toda essa gama de informações internas e externas. É preciso não apenas ampliar as possibilidades, mas também trazer maior valor à organização.

O comportamento do cliente está mudando a níveis exponenciais por conta da crise. Se antes tínhamos pessoas que preferiam comprar na loja física ou fazer reunião presencial para fechar contratos, hoje virou 100% Internet. Uma pesquisa realizada pela Ebit | Nielsen mostrou que 32% das pessoas compraram online pela primeira vez logo nos primeiros dias de confinamento.

Dados como esses enfatizam a necessidade das empresas que ainda não estejam neste ambiente “correrem” para montar planos de ação consistentes e assertivos para tentar mitigar os prejuízos iminentes. É necessário encontrar alternativas para que os clientes continuem próximos à sua marca. Entender, estudar esse novo comportamento e desenvolver soluções inteligentes é fator crucial para que as perdas sejam minimizadas. Essas soluções, inclusive, podem estar dentro do seu próprio negócio.

Com o isolamento, o ânimo das pessoas está cada vez mais aflorado. Sentir-se bem quisto está ainda mais em evidência. Dessa forma, as marcas precisam “estar perto”, mesmo que distantes fisicamente. Evidenciar o cuidado, o zelo ao cliente, promover alternativas interessantes e competitivas são algumas das possibilidades.

Deixo aqui outros “ades” fundamentais para promover a proximidade do cliente com a sua marca não só neste momento de crise, como sempre: agilidAde, disponibilidAde, comodidAde e facilidAde. Tudo isso gera felicidAde para ele e para o seu negócio.

Isso só é possível se a empresa tiver conhecimento do cliente. Entender como ele se comporta e como vai se comportar a partir de agora, qual o “café” que ele gosta, quais informações são relevantes para o negócio dele. Todos esses elementos são de extrema relevância para que as suas ações sejam mais assertivas.

Aliado ao estudo do comportamento do cliente, é preciso unir os dados do mercado, da sua concorrência, dos stakeholders do seu negócio, dos produtos e serviços atuais e demais informações relevantes para a organização. A partir disso, fica mais fácil entender o ambiente no qual a sua empresa se encontra no momento, analisar as variáveis, os pontos fortes e os vulneráveis para então transformar em soluções que sejam de fato eficazes.

Muitos dados são fáceis de obter, a Internet nos ajuda com isso, portanto, o que precisa é engajamento dos profissionais envolvidos para interpretar as informações e transformá-las em estratégia. Informação é poder, mas a interpretação dessa informação é o que diferencia a empresa da concorrência. Os resultados desse trabalho são tão compensadores quanto necessários.

Extremamente importante ressaltar que o empreendedor precisa estar pronto para “sair da caixa”. É necessário ampliar seu modo de pensar e ter disciplina para executar as estratégias. Nada sai do papel ou da tela do PC se o empresário não tiver poder de execução e, mais do que nunca, agilidade. Outros fatores importantes são o envolvimento da equipe e a continuidade das ações. O cliente não consegue perceber valor no que é realizado apenas pontualmente.

Com a necessidade ainda maior de baixos investimentos, não se pode dar tiro no escuro ou ser “maria vai com as outras” nas estratégias de marketing. Se já era necessário se movimentar devido a esse mundo volátil, incerto, complexo e ambiguo, o famoso Vica ou Vuca, imagine agora com o coronavírus.

Em um ambiente tão competitivo, obter informação estratégica, analisá-la e aplicá-la corretamente é tão crucial quanto dispor de grande capital para investimentos. Por isso, focar na inteligência de marketing não é apenas uma forma de diferenciação, mas sim, de perpetuação para empresas de pequeno a grande porte.