Com a evolução tecnológica na web, o big data – como é conhecida a análise de grande quantidade de dados gerados pelo tráfego na internet –, tem povoado a mente de profissionais de marketing e das agências de propaganda. O problema é que esse avanço tecnológico tem gerado um grande volume de informações, mas que podem indicar excelentes oportunidades para as marcas e também auxiliar na busca de novos clientes. Tem sido um desafio para as empresas analisar e sistematizar tal quantidade de dados.

Reunir informações e dados estatísticos para criação futura de padrões não é nenhuma novidade. Os americanos fazem isso há décadas, mas de forma tradicional: num database. Hoje, a realidade é bem diferente. Uma rede de cinemas, por exemplo, não tem precisão em definir o seu público-alvo, pois não dialoga com ele. Com a internet e as redes sociais, isso mudou: o que era percepção está se transformando em dado, em fato. Este fluxo gigantesco de informações permite a identificação do comportamento do consumidor e também balizar as ações de marketing.

As campanhas publicitárias, sejam elas “on” ou “off”, passam a ser mais dirigidas e cirúrgicas nos seus objetivos. E como negócio, o big data começa a crescer rapidamente. Segundo a consultoria Frost & Sullivan, o mercado brasileiro movimentou mais de US$ 316 milhões na área em 2014 e, a expectativa para 2019 é que passe de US$ 1 bilhão.

Entretanto, temos dois grandes obstáculos para vencer. O primeiro é capacitar os profissionais cada vez mais especializados em técnicas de estatísticas avançadas, forte base em matemática, inteligência em estratégia de mercado e conhecimento tecnológico de plataformas e softwares sofisticados. O segundo é convencer o anunciante dos resultados que muitas vezes demoram um pouco mais para surgirem.

O fato é que cada vez mais empresas pensam em investir no big data, só que muitas não sabem como.

Fernando Manhães,


É o Diretor do Grupo Prix e professor do curso de Comunicação Social da UFES