O mundo experimentou nas últimas décadas grandes avanços na publicidade. O cidadão que também é consumidor foi ao longo do tempo sendo impactado cada vez mais com informações e imagens. Vivíamos com altos índices de crescimento econômico, o setor de marketing em crescimento vertiginoso e um período de inovação exuberante para as marcas e um consumo frenético de produtos e serviços.

De repente tudo começou a mudar. A crise econômica nos Estados Unidos em 2008, maior mercado publicitário do mundo, e o surgimento das plataformas digitais fez a economia capengar e a publicidade sofrer. De lá pra cá muitas coisas aconteceram e fizeram os mercados patinarem. Olhando para frente, novas questões são colocadas, que dizem respeito ao futuro dos consumidores, do papel das marcas, das fontes de inovação e a atratividade de talentos.

Em todos os debates e discussões da atividade na atualidade, a marca, ou melhor, a diferenciação das marcas, deve ser a tendência para o desenvolvimento
do mundo mercadológico, e a publicidade é ferramenta indispensável para o crescimento do branding.

É preciso responder às novas demandas dos consumidores que vivem em tempo real, conectados, e exigem que as redes sociais se tornem fonte de prestação serviços, assim como as oportunidades que as novas plataformas geram.

Mas será que as redes sociais é preciso? É certo que a publicidade tradicional precisa se adaptar aos novos formatos e conteúdos. Precisamos ser mais proativos do que reativos, pois este modelo de mídia propôs a necessidade de criação com mais conteúdo de marca, para uso em plataformas em função da supremacia do YouTube, do Facebook e do Instagram. Não incluo aqui o Google, pois ele temo seu próprio modelo. Se por um lado a web vende uma imagem de maior efetividade nas vendas, por outro é amplamente questionada na sua eficiência na construção das marcas.

Trazendo para o cenário brasileiro, a publicidade se retraiu por questões locais, mas continua forte e conta um pouco de tudo. Da contínua instabilidade econômica e política e dos avanços tecnológicos, o futuro da publicidade e do marketing dependerá da solução dessa estabilidade, mas principalmente, de como reagiremos nesse cenário de mudança permanente.

Fernando Manhães,


É o Diretor do Grupo Prix e professor do curso de Comunicação Social da UFES