Parece que 2016 está finalmente começando. Depois de seis meses de atrasos e marasmo, aparentemente os números da economia brasileira pararam de piorar. Pode significar pouco, mas o cenário da economia é desafiador. Nossos números não são bons. A impressão é de que estamos interrompendo um longo período de queda e o fato de pararmos de cair já é um avanço.
É pouco, mas é o que temos para hoje.

A equipe econômica está atuando, mas o governo federal precisa mostrar resultados. O indicador do Banco Central que monitora a atividade econômica demonstra claramente que ainda estamos em queda. Entretanto, alguns analistas indicam que o fundo do poço pode estar perto e esse ciclo ruim pode estar no fim. Outro indicador de tendência foi a venda de papelão ondulado para utilização em embalagens da indústria, que cresceu 1,5%, no melhor resultado do ano.

Agora, quanto tempo levará para melhorar o índice de confiança do mercado e chegar ao setor produtivo e a economia real? O empresariado está esperançoso e de bom humor, mas ainda é insuficiente. No cenário político, a evolução também é lenta, mas dá ares de melhora e de maior eficiência. É preciso acreditar, investir e buscar mais produtividade e, consequentemente,
resultados.

No cenário estadual, os números são, no mínimo, desafiadores. Os governos têm que fazer a parte deles. O governo Paulo Hartung tem adotado uma política conservadora, o que por um lado freia o crescimento e, por outro, preserva a saúde financeira estadual para um momento mais oportuno. Fala agora de um empréstimo para propiciar maior conforto e segurança para as finanças estaduais. É trabalhar para ver.

Já em âmbito municipal, os números divulgados de 2015 pela revista Finanças dos Municípios Capixabas mostram severas perdas, notadamente para a capital Vitória. Embora não haja dados para o 1º semestre deste ano, parece não haver reversão desta tendência de perdas significativas. O setor de serviços foi um dos últimos a sentir os efeitos da crise e impactou fortemente o cenário nacional, estadual e da nossa capital.

Agosto está chegando e, com ele, a votação do impeachment e o início da Olimpíada do Rio, e em ambos os casos é preciso superar obstáculos. Trabalhar e vencer desafios. Elevar o nível, pois o sarrafo subiu e não podemos mais ter as mesmas práticas e esperar por resultados diferentes.

Fernando Manhães,


É o Diretor do Grupo Prix e professor do curso de Comunicação Social da UFES