O dia a dia no mundo do trabalho e na educação confirmam o poder transformador das novas tecnologias e, mais recentemente, da Inteligência Artificial. Desde a revolução industrial, acompanhamos a substituição do homem por máquinas e as mudanças nos processos de produção, que são crescentes e cada vez mais intensas, gerando perturbações significativas em nós, pesquisadores, professores, empresários e estudiosos de mercado.
Atualmente, a Inteligência Artificial (IA) generativa tem impactado diretamente nossa capacidade na produção intelectual, mudando formas de atuação de trabalhadores das mais diferentes áreas, trazendo enormes desafios e obrigando líderes a repensarem seus negócios, tendo a inovação e a disrupção como um caminho sem volta. Vivemos uma nova revolução.
Globalmente, a aplicação da IA do tipo generativa poderá injetar até US$ 4,4 trilhões por ano em produtividade na economia mundial, segundo estudo da McKinsey. E os reflexos já aparecem no mercado de trabalho, com a IA generativa podendo automatizar tarefas que consomem entre 60% e 70% do tempo dos trabalhadores.
Por outro lado, cresce a demanda por profissionais que saibam lidar com inovação, consigam planejar e traçar cenários, tenham a capacidade de avançar em competências humanas que nunca serão substituídas.
Isso significa dizer que vamos continuar precisando de pessoas para formular pensamentos e estratégias. A sistematização das informações e a transformação em dados é um grande avanço nas competências humanas, que continuarão tendo vagas nesse novo mercado.
Há vagas para a Inteligência Artificial e para quem estiver preparado. Há oportunidades para quem quer investir em educação e para quem estiver aberto as mudanças. O profissional do futuro, ou melhor, do presente deve estar habilitado para aplicar a inteligência artificial nos negócios. No mercado de comunicação, por exemplo, é preciso amplo conhecimento para elaboração de planos de negócios e desenvolvimento de novos produtos, estar qualificado para identificar experiências, comportamentos e jornada do consumidor. Ou seja, isso a IA não fará pelas pessoas e nem pelas empresas.
Portanto, devemos ter um olhar atencioso e sem preconceitos para a IA e para quem busca tê-la como aliada. A tão falada Inteligência Artificial fornece interações quase humanas, mas não é suficiente para nos substituir. Nesse cenário, adquirir conhecimento implica na escolha de instituições que desenvolvam habilidades além das técnicas: criatividade, adaptabilidade, comunicação aplicada à cada necessidade.
O papel das pessoas e suas habilidades no novo contexto físico e digital vai fazer toda a diferença para empreendedores transformarem perturbações em oportunidades de mercado.